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2007-06-13

O amor...

Ora bem...

Ouvi dizer que isto era um espaço de análise social. Assim sendo, e em jeito de inauguração resolvi expor um assunto técnico-pessoal que com alguma frequência me assola o pensamento.

Volta e meia a comunicação social lembra-se de falar do elevado número de divorcios que actualmente ocorrem. Acho interessante que apesar da modernidade da questão os mesmos erros do passado continuam, com alguma frequência, a ser cometidos. Os adultos continuam a fixar-se em si pensando que se fixam nas crianças e que se separam, ou não, pelo bem delas.
Por um lado temos aqueles que não se sentem amorosamente ligados à outra pessoa, com quem têm muito pouco em comum, mas se convencessem que os filhos são terrivelmente mais importantes que o seu bem estar amoroso, esquecendo-se que o divórcio é só do adulto e não da criança. Pai e mãe é uma coisa que somos inevitávelmente até ao fim das nossas vidas.
Depois temos aqueles que se preocupam muito com o seu bem-estar, esquecendo-se que são pais. Também estes utilizam os filhos como escudo e desculpa para tudo e mais alguma coisa, não lhes conferindo a estabilidade e segurança que necessitam para crescerem como pessoas emocionalmente equilibradas.

Acho especialmente interessante o que se acaba por fazer em nome do sentimento mais nobre de todos, o AMOR. Este que deveria ser um motor para as melhores coisas do mundo acaba por ser uma desculpa para nos anularmos enquanto pessoas e para acabarmos por, muitas vezes, perturbar o crescimento daqueles que mais amamos. Andamos constantemente a fugir daquilo que mais valorizamos e por cobardia, deixamos escapar a oportunidade de sermos felizes e de fazermos os outros felizes e tudo isto porque muitas vezes não temos coragem suficiente para assumir que amamos. O que se passa connosco?



1 comentário:

AA disse...

Maria olha, no comments...
Cada vez chego mais à conclusão que a gente não se deve mesmo casar, isso faz mal às pessoas! Algunss dos meus melhores amigos de adolescência eram filhos de pais não casados, que viviam felizes e eles também! Aliás uma fui eu que descobri que os pais não eram mesmo casados, porque fizeram a festa na mesma e tal... enfim.
O divórcio então reveste-se de maior complexidade, para os casados, claro. Não há problema nenhum em contentar-se e acomodar-se a uma felicidade mediocre, muita vezes sem chama de paixão, porque afinal existem crianças que depois, coitadinhas, ficam traumatizadas. É que as crianças são parvinhas e nunca crecem, devem pensar os pais. E nunca se vão aperceber da paz podre que é o casamento do papá e da mamã, que acaba por ser apenas e só um mau exemplo!
Conheço muitos... de bem perto. Acreditem, os filhos não vos agradecem por ficarem juntos numa demagogia familiar por causa deles. Pelo contrário, por vezes, acabam por ainda lhes atirar à cara que não creceram num ambiente familiar estável e unido, de amor, e que se os pais não foram felizes foi por sua própria culpa e que não lhes ponham o peso nos ombros deles, filhos.
Por isso, se casarem, se tiverem filhos, se por alguma razão a vossa relação não resultar, esforcem-se por perceber porquê, por tentar resolver problemas, mas não fujam à realidade em nome do bem-estar de quem não pedem a opinião...